Sophia Livas de Morais Almeida, foi presa nesta segunda-feira (19/5) acusada de se passar por médica e atender ilegalmente crianças com doenças cardíacas graves, gestantes e pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Além disso a mulher afirmava falsamente ser sobrinha do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante).
Em nota oficial a prefeitura de Manaus se manifestou dizendo que a informação é completamente falsa. Sophia não possui qualquer grau de parentesco com o prefeito David Almeida. O uso do nome de uma autoridade pública teria sido uma estratégia para se legitimar socialmente e ter acesso facilitado a instituições, inclusive ao Ministério da Saúde, em Brasília.
A mulher que foi presa usou nas redes sociais uma foto da filha do prefeito, Fernanda Ariel, de quando ela era criança. Nas publicações ela dizia que ela era aquela criança da foto, sendo carregada pelo prefeito. O que é uma mentira. Já que ela não era a criança da foto.
Em postagens nas redes sociais, a investigada publicava outras fotos ao lado do prefeito com frases como “Te amo, tio, tô contigo até embaixo d’água”, insinuando uma relação familiar que nunca existiu. Em outra publicação, alegava que “não escolheu nascer em uma família pública”, reforçando a farsa.
Veja a nota completa:
A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), esclarece que o prefeito de Manaus não possui qualquer parentesco com a suposta falsa médica, alvo da operação “Azoth”, deflagrada nesta segunda-feira, 19/5, pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).
Esclarece também que a foto que a investigada publicou nas redes sociais como sendo ela criança carregada pelo prefeito, na verdade é uma imagem de David Almeida com sua filha Fernanda Aryel. Outra foto em que também publicou ao lado de David foi tirada por ela mesma (selfie) em um local público, como é recorrente nas diversas vezes em que o prefeito é abordado por populares, que pedem para tirar fotos com ele.
A prefeitura segue com o compromisso de trabalhar com a verdade e esclarecer tudo o que se referir à desinformação, no combate às fake news, em consonância com o bom jornalismo.
Prisão
A prisão da suspeita foi realizada durante a Operação Azoth, da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), coordenada pelo delegado Cícero Túlio, do 1º Distrito Integrado de Polícia (1º DIP), em uma academia na zona Centro-Sul da capital.
Em sua residência, foram encontrados receituários médicos, crachás falsificados e documentos que comprovam a prática do crime. Segundo a Polícia Civil, ela atuava como falsa médica há cerca de dois anos, sem nenhuma formação na área da saúde, atendendo especialmente casos delicados como cardiopatias infantis e gestações de alto risco.
Além de prescrever medicamentos controlados, incluindo tarja preta, a investigada também fornecia atestados falsos, o que resultou na demissão por justa causa de ao menos dois trabalhadores. O pai de duas crianças que foram atendidas por Sophia relatou ter confiado nela por acreditar que era uma cardiopediatra qualificada.
A Polícia Civil alerta que o número de vítimas pode aumentar com a divulgação do caso e segue apurando outros possíveis crimes. Sophia Livas de Morais Almeida segue presa preventivamente, à disposição da Justiça.
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