A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (29), a Operação Linhagem, que investiga uma organização criminosa suspeita de movimentar R$ 362 milhões em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro nos últimos três anos no Amazonas. A ação cumpre 12 mandados de prisão preventiva, 2 prisões domiciliares, 30 buscas e apreensões (incluindo 8 em empresas) e o bloqueio de contas bancárias em Manaus, Presidente Figueiredo, Tabatinga e Santo Antônio do Içá.
Um dos alvos principais é uma família residente no Condomínio Forest Hill, na Avenida Torquato Tapajós, em Manaus. Investigada há meses, a organização seria liderada por pais, três filhos e noras, que usavam uma empresa de fachada para lavar recursos do tráfico. Segundo a PF, o grupo também contava com a ajuda de laranjas, incluindo funcionárias domésticas e familiares, para movimentar valores ilícitos.

A operação revelou a participação de:
- Dois ex-vereadores do Amazonas;
- Policiais civis (com suspeita de facilitar o esquema);
- Empresários ligados a negócios fraudulentos.
A investigação, conduzida em parceria entre PF e Receita Federal, aponta que parte do dinheiro pode ter sido usada para financiar campanhas políticas, indicando infiltração em estruturas institucionais.

O grupo utilizava helicópteros e embarcações para transportar drogas e distribuí-las em diferentes regiões do estado. Além disso, a organização mantinha conexões com traficantes de outras áreas do Amazonas, ampliando sua atuação.
Cerca de 100 policiais federais participaram das ações, que incluíram a suspensão de cargos públicos de investigados. Se condenados, os alvos podem enfrentar penas superiores a 30 anos de prisão por tráfico, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

A PF busca agora identificar a origem das drogas e possíveis outros integrantes da rede. A operação segue em andamento, com expectativa de novas prisões.
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