A Marinha anunciou a expulsão do suboficial da reserva Marco Antônio Braga Caldas, 51 anos, condenado a 14 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Ele é o primeiro militar das Forças Armadas a ser excluído da carreira em decorrência da invasão aos prédios públicos naquele episódio.
A decisão foi tomada por um Conselho de Disciplina da Marinha, que avaliou que a permanência de Caldas na instituição prejudicaria a disciplina militar. O processo durou cerca de 50 dias e deverá ser confirmado pelo comandante da Marinha, que também determinará que o militar seja considerado “morto fictício”, perdendo direitos como a prisão especial e tendo sua aposentadoria revertida à família.
Marco Antônio Braga Caldas, que serviu por cerca de 30 anos na Marinha como mergulhador, foi preso durante a invasão ao Palácio do Planalto e está detido desde julho de 2024 em Florianópolis. Ele nega participação nos atos violentos, afirmando que apenas acompanhava uma manifestação pacífica.
A expulsão dele deve abrir caminho para outras ações disciplinares contra militares envolvidos na tentativa de golpe, incluindo oficiais-generais e ex-chefes das Forças Armadas, que também respondem a processos judiciais relacionados ao 8 de janeiro.
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