Durou apenas dois meses o que seria a salvação do Atlético Rio Negro Clube localizado na avenida Epaminondas, em Manaus. A sede foi arrematada por R$ 3,78 milhões em leilão determinado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 11º Região (TRT-11) no dia 22 de março deste ano.
Na tarde desta segunda (24), a empresa Paulista Jurupari, de propriedade do empresário Sung Song, protocolou pedido de desistência da arrematação da sede do Galo.
Segundo informações da empresa, que fica impedida de participar de leilões da união pelo prazo de três anos, perde 20% do valor já pago (R$ 720.000,00) e a comissão de leoloeiro, a Jurupari vinha sofrendo danos à sua imagem por conta de declarações na imprensa, o que lhe gerava desconforto.
Na época do arremate, o presidente da empresa Sung Un Song, divulgou novos planos para a sede. Ele afirmou que seria realizado investimentos para que clube voltasse a brilhar, com uma nova gestão e renovação no elenco.
“Nosso objetivo é uma parceria para levar o Atlético Rio negro Clube até a série A. É mais uma ação social da Digitron e temos objetivo de investir no social e no esporte do Amazonas. É um voto de confiança no clube”, destacou Song.

“Respiro” nas dívidas
O clube ganha novo fôlego para se reconstruir financeiramente e pagar seus débitos após a desistência do arrematante.
Com a nova diretoria eleita em abril e a desistência do arrematante deste leilão, ações devem acontecer para retomar a saúde financeira do clube.
O mais tradicional de Manaus
Fundado em 13 de novembro de 1913 como “Athletic Rio Negro Club”, mais tarde rebatizado no para Atlético Rio Negro Clube, é um dos clubes mais tradicionais do Amazonas, sendo grande incentivador do futebol local.
Galo da Amazônia possui 17 títulos do Campeonatos Amazonense profissional, incluindo um tetracampeonato entre 1987 e 1990. Foi o primeiro Clube amazonense a ganhar um torneio fora do Brasil, a Copa Guiana Inglesa em 1963. Participou ainda por seis vezes da Copa do Brasil.
No meio social, o clube se destacou com inúmeras festas, bailes de carnaval e aniversario do clube, como o famoso Porto de Honra e o baile das debutantes. Com a popularidade crescente no meio futebolístico, o espaço se tornou querido pelos manauaras e rionegrinos.
O Em Tempo aguarda nota do Tribunal Regional do Trabalho da 11º Região (TRT-11) para saber mais detalhes sobre a desistência da empresa, como também, próximos passos para o futuro do espaço, que carrega momentos históricos de Manaus.