O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) determinou, nesta quinta-feira (15), o afastamento de Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão foi proferida pelo desembargador Gabriel Zefiro e ocorre em meio a disputas jurídicas envolvendo a legitimidade da permanência de Rodrigues no comando da entidade.
Com a decisão, o vice-presidente Fernando Sarney, filho do ex-presidente da República José Sarney, assume interinamente a presidência da CBF e terá a responsabilidade de conduzir o processo eleitoral para escolha do novo mandatário da entidade.
Fernando Sarney, inclusive, foi o autor do pedido judicial que culminou no afastamento de Rodrigues. Ele alegou irregularidades no processo que garantiu a permanência de Ednaldo no cargo, argumentando que a estabilidade do comando da CBF exige transparência e respeito aos estatutos.
Essa não é a primeira vez que Ednaldo Rodrigues é retirado da presidência. Em 2023, ele já havia sido afastado após questionamentos ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) em 2022. O acordo foi responsável por assegurar a permanência de Rodrigues na presidência por quatro anos, mas sua validade tem sido alvo de contestação judicial desde então.
A nova decisão reacende o debate sobre a governança na CBF e intensifica a crise política que a instituição enfrenta nos bastidores. As eleições que serão organizadas por Fernando Sarney devem definir o futuro da confederação, que tem enfrentado forte pressão por maior transparência e reforma em suas estruturas de poder.
Procurada, a defesa de Ednaldo Rodrigues ainda não se pronunciou oficialmente sobre a nova decisão.
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