Um projeto de lei apresentado nesta terça-feira (29/4) pelo deputado federal Mauricio Macron (Podemos-RS) reacendeu o debate sobre identidade nacional e simbolismo no esporte. A proposta surge após a divulgação de que a Seleção Brasileira pode utilizar um uniforme vermelho como camisa alternativa durante a Copa do Mundo de 2026, o que gerou forte repercussão nas redes sociais e no meio político.
A iniciativa legislativa busca impedir que equipes esportivas brasileiras, incluindo a Seleção, usem uniformes com cores que não estejam presentes na bandeira nacional — ou seja, verde, amarelo, azul e branco. Macron argumenta que o vermelho, especificamente, carrega significados que ultrapassam o campo esportivo e, por isso, não deve ser associado aos times que representam o país.
“Existem questões subjacentes que aparentemente permeiam a adoção da coloração vermelha neste caso específico, questões estas que extrapolam a seara desportiva”, afirmou o parlamentar em justificativa anexa ao projeto. Segundo ele, o esporte deve ser isento de “influências potencialmente nefastas”.
O projeto de lei estabelece ainda punições para quem descumprir a regra. Clubes, federações e atletas que utilizarem uniformes fora do padrão determinado ficariam impedidos de receber qualquer tipo de incentivo do poder público ou de empresas com participação da União — incluindo subvenções, patrocínios, bolsas e auxílios.
A proposta vem à tona um dia após o portal especializado Footy Headlines divulgar o suposto novo modelo de camisa número dois da Seleção. Segundo o site, a peça seria desenvolvida em parceria com a marca Air Jordan, criada pelo ex-jogador de basquete Michael Jordan, e traria as cores vermelho e preto — algo inédito na história da equipe canarinho.
Desde a Copa do Mundo de 1958, quando o Brasil conquistou seu primeiro título mundial, o uniforme reserva da Seleção tradicionalmente é azul. A camisa amarela com detalhes verdes segue como a titular, sendo símbolo marcante do futebol brasileiro.
A notícia do uniforme vermelho causou forte divisão entre torcedores. Parte do público criticou o que consideram uma tentativa de descaracterização da Seleção.
Enquanto isso, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda não confirmou oficialmente o novo modelo de uniforme. A polêmica, no entanto, já tomou as arquibancadas virtuais, com torcedores, políticos e especialistas opinando sobre o que a camisa da Seleção realmente representa.
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