O consumo de gás natural (GN) no Amazonas registrou forte crescimento no primeiro quadrimestre deste ano, especialmente nos setores industrial e comercial. De acordo com dados divulgados pela Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), a demanda das indústrias aumentou 9,4%, enquanto o comércio apresentou uma alta expressiva de 19%, na comparação com o mesmo período de 2023.
Atualmente, a Cigás atende 80 indústrias no estado, que operam em segmentos como duas rodas, papel e papelão, químico, eletroeletrônico, termoplástico e metalúrgico. No comércio, são 297 usuários, entre supermercados, restaurantes, pizzarias, lavanderias, academias, hospitais e panificadoras.
Segundo a companhia, o aumento da procura é reflexo das vantagens econômicas proporcionadas pelo GN. Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que, em maio, o uso do gás natural gerou uma economia de até 54% para a indústria e de até 48% para o setor comercial no Amazonas.
Além do fator econômico, o GN se destaca pela versatilidade e segurança. Pode ser utilizado para geração de energia elétrica, produção de vapor, aquecimento, secagem, climatização, cocção de alimentos e até como combustível para frotas e empilhadeiras. Outro diferencial é o fornecimento contínuo por meio de rede canalizada subterrânea, que elimina a necessidade de estocagem.
“A busca contínua por novos usuários, aliada à oferta de soluções energéticas adequadas, tem sido essencial para a expansão do consumo de gás natural no nosso estado”, afirma o diretor-presidente da Cigás, Heraldo Câmara.
Tarifa entre as mais competitivas do país
O Amazonas também se destaca no cenário nacional pela competitividade da tarifa do gás natural. Segundo o Boletim Mensal de Acompanhamento da Indústria de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia (MME), referente a dezembro de 2023, a Cigás lidera o ranking no segmento comercial e ocupa a terceira posição no industrial, considerando a faixa de consumo de 20 mil metros cúbicos por dia, entre 19 concessionárias de todo o país.
Nos quatro primeiros meses de 2024, a demanda total por gás natural no Amazonas foi de, em média, 5,4 milhões de metros cúbicos por dia. A maior parte desse volume — 4,5 milhões de m³/d — foi destinada às usinas termelétricas que operam em Manaus e nos municípios de Anamã, Anori, Caapiranga, Coari e Codajás.
O segmento veicular também apresentou participação relevante, com média de 20,5 mil metros cúbicos diários abastecendo veículos em sete postos de Gás Natural Veicular (GNV) espalhados por Manaus. Já o consumo residencial ficou na média de 5 mil m³/d, distribuídos em 23 mil unidades habitacionais.
Com as vantagens econômicas, a segurança do fornecimento e a versatilidade do gás natural, a expectativa é de que os números sigam em trajetória de crescimento, consolidando o GN como uma alternativa energética cada vez mais presente no dia a dia do comércio, da indústria e das residências amazonenses.
Comentários sobre este post