Durante sessão plenária na Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta segunda-feira (26), o gerente de operações da Amazonas Energia, Raimundo Nascimento Júnior, afirmou que, por estar conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) desde 2013, o Amazonas depende na maioria da transmissão de energia operada por outros agentes. Com isso, segundo ele, a concessionária não seria responsável direta por falhas de fornecimento originadas fora de sua área de atuação.

Representantes da Amazonas Energia foram convocados pela Câmara Municipal de Manaus (CMM) para prestar esclarecimentos sobre as constantes interrupções no fornecimento de energia elétrica que vêm afetando diversos bairros da capital e municípios do interior. A iniciativa dos vereadores ocorreu em resposta às reclamações crescentes da população e aos prejuízos causados por sucessivos apagões registrados nos últimos meses. Durante a sessão, os parlamentares cobraram respostas mais objetivas da concessionária e soluções efetivas para garantir a estabilidade do serviço, considerado essencial para o bem-estar e a segurança dos cidadãos.
“Naquela perturbação do dia 7 de março, por exemplo, tivemos estruturas atingidas por descargas atmosféricas na linha de 500kV que vem do Pará. Nesse tipo de evento, não temos alternativa senão aguardar a recomposição feita pelo Operador Nacional do Sistema”, disse Raimundo.
De acordo com o representante da concessionária, cerca de 70% da energia consumida na capital vem do SIN, enquanto os 30% restantes são gerados localmente, em usinas como Balbina, Jaraqui, Tambaqui, Cristiano Rocha e outras. O processo de recomposição de energia, em caso de apagões, depende da articulação do Operador Nacional do Sistema (ONS), o que, segundo ele, retarda a retomada total do fornecimento em situações críticas.
Ainda segundo Raimundo, a maioria das falhas no fornecimento de energia elétrica no estado são ocasionados por descargas elétricas, raios que atingem o sistema interligado. A afirmação foi corroborada pelo

Somente este ano de 2025, ocorreram três apagões. O primeiro ocorreu no dia 7 de março, afetando a capital e a região metropolitana. O segundo apagão, 20 dias depois, interrompeu o fornecimento de energia em vários bairros da capital. O último ocorreu no dia 2 de abril, atingindo os municípios de Iranduba, Manacapuru, Presidente Figueiredo, Parintins e Itacoatiara.
Questionado sobre a desculpa para os apagões serem “tantos raios”, o diretor da Amazonas Energia, Radyr Gomes de Oliveira, disse que quem dá o diagnóstico sobre as causas das falhas é o ONS em Brasília, que cuida da região Norte.
“Nós somos a região onde cais mais raios no País. Novo Airão é a cidade em que mais cai raio no mundo. […] Não tem rede se distribuição que suporte, não tem proteção que suporte, e a proteção é para isso, a proteção tem que atuar porque senão vai prejudicar o sistema”, disse.
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