Ainda sob efeitos da seca, todas as cidades do Amazonas seguem em emergência

A persistência dos efeitos da seca mantém todas as 62 cidades do Amazonas, incluindo a capital Manaus, em situação de emergência, conforme relatório divulgado pelo Governo do Estado neste domingo (10). A estiagem ainda impacta diretamente a vida de 599 mil pessoas, com diversas comunidades enfrentando desafios decorrentes da falta de chuvas.

Apesar de a seca ter sido superada no Rio Negro, em Manaus, e os primeiros sinais de cheia aparecerem no Rio Solimões, no interior do Amazonas, os efeitos adversos da estiagem persistem. Durante a fase crítica, a seca histórica resultou na morte de botos e peixes, além de criar bancos de areia que encalharam embarcações.

Na capital, Manaus, o Rio Negro experimentou a pior seca em 121 anos, afastando as águas da orla central e levando à completa secagem de dois lagos na Zona Leste.

Embora o Rio Negro tenha iniciado o processo de cheia em Manaus no dia 24 de novembro de 2023, atingindo estabilidade em 17 de novembro, as águas continuam a subir de forma contínua. No último dia 7 de dezembro, o rio registrou uma cota de 14,97 metros, indicando uma reversão do cenário.

O impacto social da seca levou a uma intensificação dos esforços humanitários. A Defesa Civil do Amazonas, até 29 de novembro, distribuiu 95.855 cestas básicas, equivalendo a 1.802 toneladas de alimentos e 83.340 litros de água mineral. Além disso, foram instalados purificadores e Estações de Tratamento Móvel de Água em municípios afetados.

A Secretaria de Educação e Desporto Escolar providenciou kits alimentares a 7.039 alunos da rede estadual, enquanto o programa Prato Cheio distribuiu 352.294 refeições gratuitas em municípios com restaurantes populares. A Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) e a Fundação de Vigilância em Saúde também desempenharam papéis cruciais na distribuição de água potável e tratamento de água para as comunidades afetadas.

O Amazonas continua a enfrentar desafios complexos, e o governo estadual destaca a importância de esforços coordenados para enfrentar os desdobramentos da seca prolongada.